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COMO É QUE O CHESTER FICOU ASSIM ? %-D
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(ou: o que você comia no café da manhã, que eu vou proibir meus filhos de comprarem no supermercado ?)

Muitas pessoas me perguntam como é que eu me tornei tão interessado por computadores "obsoletos". Bem, para saber isto, é preciso conhecer a história completa. Vamos lá...

1) No início, fez-se a luz "Power"
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O ano era 1987. Eu, nos meus 13 anos, começava a descobrir o complicado e egocêntrico mundo dos anos 80. Sendo uma criança bastante... estranha, não imaginava lugar ao sol para mim neste mundo. Mmal sabia eu que os nerds tomariam conta do planeta, e que os Gates iriam, lentamente, substituir os Rockfellers... mas, até então, a vida tinha poucos atrativos.

Entretanto, numa certa noite, aconteceu algo diferente: meu pai trouxe para casa algo que não sabia muito bem o que era: uma caixinha pequena, cheia de botões, que parecia um brinquedo. Aquilo iria mudar minha vida para sempre. Sob protextos de mães e irmãs, que viam seu sagrado ritual novelístico profanado por uma miríade de fios e conectores espalhados pela sala, meu pai conectou o "brinquedo" no televisor da família, e, seguindo as instruções do manual, sintonizou a TV no canal 3.

"Ora, mas *não existe* esse canal", diziam todos. Não que isso fizesse diferença - a TV a cabo me mostrou, anos depois, que mesmo com dezenas de opções mais palatáveis, as novelas continuam reinando soberanas na aldeia global. De qualquer forma, meu pai ligava o televisor, e, para surpesa de todos, o programa que surgia era algo como:

Estranho, não ? Uma tela toda branca, um quadradinho preto com um "K" escrito... e nada. Meu pai já tinha visto um Atari funcionando, e aquilo lhe pareceu bastante enfadonho. Novamente recorrendo ao manual, meu pai descobriu que aquele "K" se chamava "cursor" (quem lembrou do AutoMan levante a mão), e que, com alguma prática, conseguia digitar alguns comandos.

O brinquedo também estava ligado a um gravador cassete, que permitiu ao meu pai carregar alguns jogos, que, por não serem coloridos, não terem som e serem pouco movimentados, lhe interessaram pouco. Eu, contudo, já estava fisgado. Decidi que dedicaria o resto do meus dias a "fuçar" nesta e em qualquer outra maquininha do tipo que encontrasse.

Infelizmente, no dia seguinte, meu pai, frustrado, levou embora o computador (cujo nome eu já sabia que era TK85, pois havia devorado todo o manual) e trocou-o por um Atari. Coisas da vida...

(to be continued...)
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