“Homem brinca com bola, mulher brinca com boneca”.
Essa era a lei, e ai daquele que fizesse diferente. Impossível saber o que seria pior: a repressão familiar ou a humilhação perante os colegas. Apesar disso, os bonequinhos dos Comandos Em Ação (e outros militares de plástico semelhantes), conseguiram passar pelo crivo da conservadora família brasileira, sendo sucesso entre a garotada dos anos 80.
Nem sei se há tanta diferença assim entre um G.I. Joe e uma Barbie – ambos trabalham modelos de personalidade bem definidos, deixando a imaginação focada nos “enredos” das brincadeiras e na combinação dos acessórios, roupinhas e afins. Mas creio que dar um soldado desses para seu filho era visto pelos pais uma espécie de seguro contra o “perigo” de encontrar o varão trocando o vestidinho da Barbie ou da Suzi…
Não vou me estender no tema – só entrei nele porque tenho recebido vários links para sites de colecionadores desses bonecos, como o LoucoPorBonecos.com e o G.I. Joe em Ação. Parece que a onda agora é colecioná-los (eu fico feliz de ver pela web, obrigado), e o pessoal leva isso muito a sério.
Ah, esses milicos são muito truculentos pra você? Dê uma olhada no Billy, possivelmente o primeiro “action figure” gay da história. É interessante observar que os criadores tomaram o cuidado “power rangers” de distribuir etnicamente os personagens (Billy é um americano típico, Carlos um hombre latino e Tyson é o afro-americano). Não sei se vende muito, mas a visita ao site é no mínimo interessante.