(ou “spectromen”, como pronunciávamos nos anos 80)
Hoje em dia já devem ter mais páginas sobre o assunto, mas a primeira vez que eu fui procurar algo sobre o Spectreman na web, eu só achei esta página. Não ligue pro layout meio datado, ela é bem legal, com bastante fotos, e tem até alguns MP3 em português.
Mas eu resolvi escrever porque depois de grande percebi o seguinte: o Dr. Gori era o herói da história, e o Spectremen era, na verdade, o vilão. Pense bem: o Dr. Gori era um cientista que concluiu que a raça humana estava acabando com o planeta. Raciocínio perfeito. Ao invés de fundar um Greenpeace da vida, e ficar mendigando resultados, ele simplesmente resolveu cortar o mal pela raiz, dominando ou exterminando a raça humana. Simples, não?
Infelizmente, Spectreman ( um pau-mandado de uma espécie de ONU espacial, os “Dominantes”, cujo nome já diz tudo) vinha aqui no nosso planeta de terceira órbita, sem entender direito o nosso problema, já soltando porrada. E ele era “auxiliado” por um grupo de funcionários públicos japoneses, o “Grupo Anti-Poluição”, que não ficam devendo nada aos brasileiros: eles não faziam NADA a não ser lamber as botas do Spectreman e falar mal do Gori, que, à semelhança das esquerdas nacionais, era rechaçado mas sempre tentava de novo.
E, para eliminar qualquer dúvida: o Dr. Gori tinha uma consciência ecológica tão avançada, mas tão avançada, que teve o bom-senso de fazer todos os seus monstros de lixo. Ou seja, mostros reciclados. Doutor, o senhor é mesmo um injustiçado…