Claro que o funeral foi pomposo, e os ingleses compareceram em peso, mas daqui do terceiro mundo ficou uma impressão de que a morte da plebéia Diana foi mais traumática do que a da própria Rainha-Mãe – ao menos, teve mais “media stickness” (para usar um termo da própria mídia), visto que os informativos já se ocupam de outros assuntos.
Essa aparente inversão de prioridades é difícil de medir (estamos falando, entre outras coisas, do inconsciente coletivo). Fora que é curioso pensar que não se restringe aos excêntricos ingleses: juntando a comoção em torno da morte de Tancredo Neves ou Mario Covas a todos os outros passamentos “oficiais” não creio que some-se metade do clima de estupefação nacional em torno da última corrida de Ayrton Senna.