Não, não é do Chapolin que eu vou falar, e sim dos Combo Rangers. A história começou na época “pré-bolha” (~1999), com o site PutaQuePariu.com (não adianta procurar, nem o Internet Archive tem vestígio). </br/>O site era uma coleção de piadas e textos de humor no melhor estilo “5ª. série” (“mande seus amigos para a putaquepariu.com” era o mote de marketing), e tiveram o bom senso de terminar quando estavam por cima. Um dos webmasters (o Fabio “Sr. Y” Yabu), criou no Flash uma espécie de sátira dos seriados super sentai (Changeman, Power Rangers e similares), e com isso nasceram os Combo Rangers.
Com o tempo ele conseguiu espaço no UOL, e transformou em história em quadrinhos “de papel” (primeiro pela JBC e agora pela Panini). É voltada para o público infantil/infanto-juvenil, mas as tiradas e referências ao mundo “adulto” justificam a leitura: vão desde citações ao “Funk da Pamonha” até remakes de HQs e filmes semi-cult (vide o #10, “Mano Ou Ultramano”, uma das minhas favoritas).
Essas idéias meio absurdas são justamente o que torna o gibi divertido para adultos, por mais constrangedor que seja o clima “acho que aprendemos uma lição hoje”. E o melhor de tudo: dá pra comprar os números atrasados pela Internet na JBC – o correio sai baratinho e você compra pelo preço de capa. Arrematei todas e não me arrependo.