Com o trabalho e as provas se acumulando, sobra pouco tempo para ler, assistir, navegar, fuçar, enfim, garimpar matéria prima para escrever aqui. Mas acabei dando de cara com o álbum Restolhada. O autor, Marcatti, dispensa apresentações – ou melhor, eu achava que dispensava – até ler o álbum.
Para mim, o Marcatti sempre foi aquele cara totalmente escatológico, dono de um traço “sujo” (como ele mesmo define), cujo zelo quase religioso pela a estrutura e pelos detalhes faz você querer mais, mesmo sem entender o porquê. Eu acreditava até que tinha algum material “pioneiro” dele, um fanzine de 1988. Ledo engano.
A coletânea compreende umas umas quinze histórias das mais diversas fases do autor (sim, ele já fez histórias sem um único ato erótico ou nojento), que, aliadas à entrevista da abertura, permitem uma visão menos simplista do seu trabalho.
Comecei a entender (e compartilhar) um pouco mais do respeito que praticamente todo mundo na área de HQ tem pelo cara. O livro é relativamente antigo (2000), mas eu achei em prateleira de livraria, então deve ser fácil de encontrar. E é bom lembrar que o Marcatti voltou às bancas com o Fráuzio, outro que vale cada centavo (e olha que são poucos centavos – o gibi é baratinho). </tr> </table>
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