Não ia mais me meter a comentar esse tipo de coisa, mas foi impagável ver o Google desprender uma quantia fabulosa (na verdade ações, mas do próprio bolso) para comprar o YouTube, e, na mesma página, tomar ciência da liberação de um montante comparável de dinheiro público (o BNDES é órgão ministerial) para o braço tupiniquim de uma telecom (o tipo de centro de “excelência” no qual neguinho encomenda um Google Maps e recebe, dois anos atrasado, um guia de ruas).
Claro, pela notícia (capturada pelo Leo e reproduzida abaixo) fica difícil avaliar se o “investimento” na telecom acontece no passado (como sugere o tempo verbal) ou no futuro (outubro de 2007), mas uma busca revela que o erro está na data: o empréstimo é deste ano.
Pior é constatar que não foi o único empréstimo desta natureza em tempos recentes – o que só evidencia que a farra das privatizações não se restringiu à era FHC. Este tipo de coisa só ajuda a sacramentar a frustração que o governo Lula representou para esquerdistas do Brasil (eu inclusive).
Triste.
Comments
Leonardo
Só o que eu queria saber é: que parte nós, brasileiros (ou mesmo "colaboradores" pra deixar mais facil) vamos ganhar deste vale-you-tube que a brt recebeu...
degradante... dava pra comprar 1.050.000 computadores pra escolas.. ou metade, e dar manutenção, contratar professores..
M
:o(
Leonardo, uma parte (minúscula, é claro) vão para P.H.Amorim, Mino Carta, J. Dirceu e afins. Indiretamente, é claro.
Preste serviço a qualquer empresa do grupo BRT que vc recebe um poquinho desse $$ de volta. Mas não se sinta mal, veja como uma restituição de imposto de renda :o)
Chester
Eu vou além: vejo como redistribuição de renda, fundamental para garantir o progresso da nação... :-P
Ludmila ^-^v
Pois é...
O governo podia ter juntado mais uns trocados e comprava o You Tube.
Pelo menos ia economizar com publicidade no futuro.
E ainda podia fazer terrorismo eleitoral para um público mais qualificado ¬¬"
Chester
Depois de escolher o formato da TV digital que mais puxa a sardinha pra brasa da Globo (e põe por terra a esperança de novas emissoras)? Só se fosse política social compensatória... :-P