Não sei como até hoje nunca falei de Penny Arcade, que é praticamente o pai dos webcomics. Foi um dos primeiros a sair com regularidade, e também um dos pioneiros em atingir independência econômica – de certa forma sacramentando o modelo baseado em propaganda e venda de produtos promocionais (eles até fazem caridade e promovem um evento de games).
Games, aliás, são a base do dia-a-dia de Gabe e Tycho, os personagens politicamente incorretos que fazem boa parte das suas tiradas em cima dos mais diversos títulos, consoles e personagens da indústria, sem distinção de época ou de público. Também brincam com coisas populares na Web e o que mais vier na cabeça.
Na maior parte do tempo não há seqüência, pois a base são as gags rápidas. Isto permite a leitura em qualquer ordem, uma característica rara no meio. É curioso notar que os personagens acabam aparecendo em webcomics de diversos outros autores, tamanha a popularidade – mais do que é merecida, pois o conteúdo não decepciona – ainda que seja, em boa parte, humor para nerds.