Estive hoje no Web 2.0 no Brasil, evento promovido pela Info Exame com uma programação bem diversificada.
Dentre os pontos altos eu destaco a discussão sobre blogs e sabedoria das multidões (que colocou frente a frente gente como o Tabet do Kibe Loco e o gerente da iniciativa de blogs da IBM) e a de tecnologia (na qual o Marcelo Negrini traçou um bom panorama da aplicabilidade da próxima geração de ferramentas para criação de Rich Internt Applications). A apresentação do case da Coca-Cola também foi bacana, embora eu tenha ficado na dúvida se aquele mega-ultra-sistema-agregador-de-toda-a-sua-vida-online realmente existe.
Nem tudo foram flores (aliás, a maior parte não foi): uma sessão inteira foi dedicada a falar sobre experiências de empresas mais “offline” (vestuário, saúde, etc.) com wikis. Legal saber que rola, mas ouvir os detalhes foi confortável como um tratamento de canal. Outro ponto sofrido foi ver a velha guarda da imprensa misturar coisas como número de comentários e número de matérias comentadas, dividir a audiência em fatias que somavam mais de 100% e outros atentados contra a aritmética sendo feitos sem a menor cerimônia. Doeu um pouco, mas nada que os fantásticos coffee-breaks não resolveram.
A maior crítica que eu faria é que um evento com notáveis falantes e espectadores limitados a perguntas no final não é exatamente a cara da Web 2.0. O Naka, que me acompanhou, deu uma idéia genial: eles deviam deixar o pessoal mandar comentários via SMS e projetar no telão (como aqueles caras famosos fazem com a busca).
Eu, ao menos, perdi o costume de ficar parado enquanto vomitam conteúdo. Felizmente, a Web 2.0 veio ao resgate: graças ao navegador do celular, pude postar no meu Twitter sempre que dava vontade, finalmente sentindo o gostinho do moblog.