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Chester na África (VII)

08 Oct 2007

07/10 (Sábado) – Safari e fotos

Chegou o tão esperado dia: fomos ao safari. Mais especifciamente, um foto-safari – a diferença básica é que você vai num jipe, e, ao invés de matar os bichos, tira foto deles. E por mais que este texto procure desmistificar os estereótipos, ir pra África e não ver um único animal selvagem também já é demais!

Tem mais de um lugar para fazer isso (procure/peça por “game reserve”). O pessoal daqui nos agendou com o Fairy Glen Game Reserve, que busca e devolve você no hotel – uma grande vantagem, já que a reserva fica a mais de 1h de carro do centro de Cape Town (e olha que essa é tida como a reserva mais próxima da cidade).

Você desembolsa R1330 (R$ 350), com direito ao café da manhã (você vai precisar) e ao almoço, com o safari entre eles. Na volta você passa por um vinhedo e pode fazer uma degustação gratuita de vinhos – também tinha uma loja de lembranças, mas o nosso motorista meio que pulou essa, sei lá o motivo.

Quando se fala de animais selvagens por aqui, menciona-se muito os Big Five, i.e., os cinco animais que, na época em que a matança de animais rolava solta, eram os mais difíceis de caçar: leão, leopardo, elefante, búfalo, e rinoceronte. Vimos os três últimos à solta (o rinoceronte chegou particularmente perto do veículo) e o leão (mais especificamente, uma leoa) por trás de uma cerca (não estou reclamando, é graças àquela cerca que estou aqui contando a história).

Além disso, vimos avestruzes (cuja carne, muito recomendada pelos locais, ainda não tive a oportunidade de experimentar), cervos e, para a minha surpresa, burros. Olha que coisa: o pessoal da reserva trouxe eles para que os leões tivessem o que caçar e comer (isso faria bem para eles), só que na última hora deram pra trás e os bichos ficaram lá.

A caça e a comercialização de extratos de animais (ex.: marfim, dentes de leão) não é mais permitida, por questões ambientais. Há quem defenda que isso só agrava o problema, alegando que a verba obtida com a caça/extração controladas (por exemplo, usando apenas marfim de elefantes mortos) poderia ser usada para ajudar na preservação. O problema é que sempre que liberam o comércio de marfim, nego sai barbarizando a elefantada. Homens…

Claro que o que interessa mesmo são as fotos e vídeos, mas a conexão aqui é perdedora ao extremo – nesse sentido a África do Sul está um pouco aquém de São Paulo. Pra ninguém passar vontade, aqui estão (provisoriamente) as fotos da viagem até agora</a> (em 800×600, que pra web está mais que bom). Quando eu chegar em São Paulo boto num lugar/formato mais bacana (e subo os vídeos – tem um ou dois muito interessantes).

Falando em conectividade, a telefonia celular é difundida como a do Brasil – e os serviços são igualmente caros. Mas apesar do SMS custar cerca de R0.80 (R$ 0,23, caro como o nosso), a TV e as revistas parecem ter mais chamadas do tipo “mande um SMS com a palavra XXXXX para NNNNN” do que endereços de sites. E tem muitos serviços de bugigangas para o celular (notadamente wallpapers e putaria) que você compra por SMS. O roaming da TIM funciona, desde que o seu nome não seja Chester – neste caso, você desencana do celular por duas semanas.

O jantar foi no no Wimpy do já mencionado Canal Walk. Bem mais-ou-menos. E, estando no Canal Walk, foi inevitável jogar DDR novamente. Desta vez o shopping estava cheio, e na primeira música nego aplaudiu no final (sério). Pena que nas outras duas eu não me aguentava em pé, e não segurei a mesma onda. Não sei se considero sucesso ou fracasso, mas, enfim, deixei alguma impressão no continente.