Siddharta (que já teve versão em filme) é um livro de ficção, cujo protagonista-título é um jovem indiano bem-nascido, que deixa sua fortuna para tentar alcançar o conhecimento. Esta jornada se dá das mais diversas formas: desde a meditação e o contato com o próprio Buda (Gautama) até experiências com os prazeres terrenos.
É difícil falar sobre o tipo de coisa que ele aprende nesta jornada sem incorrer em spoilers (o que é irônico, já que a pessoa que me apresentou ele é uma ardente defensora das virtudes dos spoilers), mas basta dizer que cada uma destas experiências acrescenta ao protagonista (e ao leitor) uma nova perspectiva com relação ao caminho da iluminação.
Não é uma história cheia de rebuscagens e reviravoltas (apesar de eventuais tentativas), mas é bela e profunda o suficiente para manter o leitor até o final. E apesar da posição contrária ao aprendizado da iluminação através de mestres ou doutrinas assumida pelo protagonista, a alegoria aborda aspectos evidentemente budistas bastante fundamentais, tornando-a um complemento lírico a textos mais pragmáticos sobre o assunto.
Comments
Bani
O kensho é o spoiler supremo.