Novamente o trabalho me levou a visitar um país exótico, e dessa vez foi a República Tcheca. Nunca estive na Europa antes, então aproveitei a oportunidade para mochilar um pouco por ali e pela Alemanha. Ao todo visitei três cidades (Praga, Dresden e Berlim), com uma breve passagem por uma quarta (Potsdam).
O Leo – que fez parte da viagem comigo e ainda está na estrada – mantém um blog de viagem que inclui os lugares que visitamos juntos (Praga, Berlim e Potdsam). Eu me limitei ao tradicional álbum de fotos no Flickr e a comentar um pouco sobre cada cidade neste e nos próximos posts, começando por Dresden.
Os guias não a chamam de “a Florença do Elba” (ou, como ouvi por lá “a Viena da Alemanha”) a toa. Seu status de centro cultural e artístico se refletiu ao longo dos tempos na arquitetura – tão própria que os caras reconstruiram tudo exatamente como era antes, depois do que foi possivelmente o ataque mais sem-noção executado pelos aliados na Segunda Guerra.
O A&O (hostel onde eu fiquei) tem três coisas bem bacanas: banheiro/chuveiro dentro do quarto, um café da manhã honesto e boa localização. Dá para ir a pé da estação de trem até lá com a mala (importante para quem chega na cidade de trem), e de lá até o centro histórico é um pulinho.
Não que você precise andar a pé por lá: o tram (bondinho) e as linhas de ônibus funcionam muito bem, e você pode comprar os tickets dentro do próprio veículo, basta ter moedas (Euro) à mão. O pessoal do hostel foi bem prestativo e me arrumou um mapinha bacana – com ele eu pude andar à vontade.
O bacana é ficar circulando no centro histórico – que consiste na área ao sul do Rio Elba. Quando cansar você cruza a ponte mais próxima e alcança o outro lado – cuja arquitetura mantém os traços clássicos do lado sul, mas conta com modernidades como drogaria e supermercado.
Se estiver com fôlego, recomendo subir até o topo da Igreja de Nossa Senhora (Frauenkirche). É uma bela caminhada, com degrais inclinados e rampa que não acaba mais. Mas vale a pena: de lá de cima você vê essencialmente toda a cidade.
Enfim, o lance é se jogar pelas ruas sem planejar muito, e visitar os pontos interessantes que aparecerem. A Münzgasse era a minha rua favorita: tem opções bem variadas de comida, com mesas na calçada onde você pode acompanhar o movimento – fora que eu fiquei viciado no sorvete dessa barraquinha no final da rua. Recomendo muito passar um dia nessa cidade – foi um dos momentos mais agradáveis da viagem.