Fui no Video Games Live com um certo pé atrás. Afinal de contas, um evento onde você bota uma orquestra sinfônica para tocar música de videogame é um pouco surreal – e juntar três mil nerds pra alucinar em cima disso me parecia a própria receita da vergonha alheia.
Mas acabei me surpreendendo: a energia do Tommy Tallarico (que apresenta as músicas, anima a galera e introduz um contraponto à orquestra com a guitarra empolgada) faz a coisa acontecer. Claro, depende muito da sua conexão emocional com os jogos cujas músicas estão sendo interpretadas: coisas que eu não joguei pareciam bem “yeah, whatever” – mas era só pintar algo mais familiar que eu me empolgava um pouco.
Uma das características do show é que eles estimulam fotos e filmes – e o HSBC Brasil mandou muito bem ao disponbilizar uma rede Wi-Fi. Isso me permitiu usar o Qik para filmar algumas músicas do evento, mais as tradicionais fotos e comentários no Twitter. (pena que eu só descobri que o Qik não usa o giroscópio do iPhone na metade – mas whatever, o que mais importava era a música mesmo.)
O evento deve duas interações com o público: uma quando chamaram um cara pra jogar Space Invaders de um jeito inovador (com um sistema que fazia tracking da imagem na camiseta dele, então ele tinha que correr pelo palco para mover a nave) e um cara que ganhou um campeonato de Guitar Hero e DETONOU no palco.
Enfim, a vergonha alheia passa logo nos primeiros minutos. Dali pra frente é uma maneira inovadora de ver música clássica. Ou de ver música de videogame.