Para alguém que, como eu, não se cansa de ver os TED Talks (as palestras de curta duração que são o ponto alto do TED), a edição local do apresentada na Universidade de São Paulo (e dirigida, até um certo ponto, a ela) era uma oportunidade que não podia passar. Me inscrevi no TEDxUSP logo que abriram a chamada e tive a sorte de ser um dos selecionados para passar uma tarde na FAU ouvindo o que nomes de peso consideram que vale a pena espalhar.
Claro que cada um tem as suas preferências, mas a minha visão é que o segundo bloco de palestras foi, de longe, o melhor – talvez porque seja o que eu vi sem ser pelo telão, mas também conta o fato de que o primeiro bloco foi tomado pela conclamação ao meio acadêmico para que seus membros deixem os muros da faculdade e vão ao encontro do “mundo lá fora”. Embora necessário, o discurso se tornou um pouco repetitivo.
Era de se esperar que feras como Juca Kfouri e Marcelo Tas, bem como o irreverente “pai da internet brasileira” Demi Getschko não decepcionassem, mas assim que publicarem os vídeos eu recomendo assistir também as palestras de Linamara Battistella (acessibilidade), Antonio C. C. Guimarães (lentes cósmicas e bichos afins), Ligia Amagio (a experiência de uma engenheira que se tornou regente) e Agnaldo Farias (uma visão inspiradora sobre arte, da qual o link mostra um bom trecho).
Não posso deixar de falar da questão do credenciamento, muito comentada pelo Twitter. Mas antes (e acima) disso devo deixar claro que sei como é difícil organizar esse tipo de evento, e que reconheço e agradeço o empenho dos organizadores em transformar a idéia em realidade (ainda mais com os cancelamentos de última hora, que não foram poucos). Posto isso, é importante chamar a atenção para o fato de que o processo de credenciamento e alocação foi um pouco controverso.
Em resumo: não era garantido que os inscritos poderiam ir ao auditório – quem chegou bem cedo entrou, o restante se conformou com o telão (e muitos ficaram chateados). Os dois grupos se juntaram para o coffee break, e o resultado foi que na volta os excluídos tomaram a frente, deixando outros tantos enfurecidos para fora. Minha sugestão: de uma próxima, cadastre-se apenas a quantidade de pessoas que o lugar comporta, e que o telão fique para quem vier “por fora” (não vai faltar gente, ainda mais dando comida grátis na faculdade :-P ).
Mas isso foi um detalhe menor. O fato é que no geral o evento foi bacana como esperado, pelas palestras e pelas conversas. E, claro, pelo gostinho de ter participado e uma edição independente do TED – que faz jus ao slogan “ideas worth spreading“. Os dois recados que ficaram para mim: reflita sobre o seu caminho pessoal e faça coisas.
Comments
Iuri
Grande Chester!
Belo post! O evento em si foi mto legal e eu, assim como vc, me infiltrei no auditório na 2.a parte.
Saí de lá feliz de uma maneira que não sei descrever, saí sabendo que dá pra fazer mta coisa, que tem dar a cara a tapa...
E meu, o Agnaldo, pqp, fantásticas as coisas que ele disse.
Abraço