A maratona de eventos do mês foi concluída com a edição deste ano do Google Developer Day em São Paulo. É um evento bastante concorrido (afinal, é gratuito, bom e ligado ao Google), o que deve tornar a escolha dos participantes um desafio interessante – mesmo para aqueles cuja missão já é meio que organizar/classificar o universo…
Esse ano o processo de inscrição incluiu uma provinha que gerou bastante “mimimi” nas listas e redes sociais: uns questionaram a eficácia de um teste tão básico (e para esses recomendo ler sobre FizzBuzz e programadores que não programam), outros se sentiram injustiçados com a eventual não-convocação. O fato e que ela ajudou: qualquer pessoa que você encontrasse lá esse ano era, em maior ou menor grau, apaixonada por código. Não era bem assim em anos anteriores, e isso fez diferença no café/happy hour. Sabem como é: developers, developers, developers!
A organização também melhorou em todos os aspectos: da alimentação (que já era boa) aos os brindes (incluindo uma camiseta bem bacana) e internet, tudo pareceu funcionar melhor. Tinha mais gente que nos outros anos, e o pessoal xingou muito no twitter esse aspecto. Pessoalmente, achei que acomodaram bem – e que o GDD escala.
O conteúdo era, como se esperava, um grande showcase de tecnologias Google. Como recém-convertido a Android (e vindo do ADL Bootcamp), fiquei empolgado com a ênfase dada à plataforma – que não sucumbiu à miopia das operadoras, como eu temia no meu primeiro contato, em 2007. De qualquer forma, com três palestras simultâneas divididas em quatro trilhas (Android, Cloud, APIs e Chrome/HTML5), era difícil achar um horário em que nada interessasse (só deixei de ver dois blocos, para fins de socialização e uma merecida soneca nos pufes).
As palestras eram mais abrangentes que profundas (ao menos as que eu vi) – o que, para autodidatas, é um fantástico “mapa da mina” sobre o que explorar no universo de tecnologias que o Google disponibiliza. Em particular gostei de ver novamente o p@ falando sobre AppEngine e outros tópicos, e o Ryan Boyd destrinchando OAuth e OpenID. O que deu menos certo, a meu ver, foi a participação de empresas que usam as APIs do Google: a intenção de levar “gente que faz” para mostrar seus cases foi boa, mas rolou desde constrangimento de ex-funcionário até palestra tomada pelo “jabá”.
Mas essas coisas acontecem, e nem de longe tiram o brilho do evento. Pelo contrário, esse mesmo espírito de abertura conduziu ao fechamento do evento com apresentação dos GTUGs (Google Technology User Groups) do Brasil (onde o Paulo Fernandes do SP-GTUG sorteou vários brindes) e ao happy hour, no qual Googlers e civis papearam bastante. Em resumo, o casamento entre tecnologia e fator humano tornou o evento um sucesso, que espero ver novamente em 2011.
Comments
Paulo Silveira
Parabéns chester por mais um review de eventos. Estava no Rio, não pude participar dessa vez.
chester
Pena, tava bem bacana. Mas haverão outros! :-) Obrigado!