Quem me conhece sabe o quanto eu gosto de Dance Dance Revolution (DDR), o jogo de dança japonês disponível em fliperamas (embora os do Brasil geralmente tenham Pump It Up, o equivalente da coreana Andamiro) e também nos consoles através de “tapetes de dança”. Cheguei até a customizar um tapete e também a importar outro, mais profissional. Mas chegou um ponto em que a limitação do controle aos pés e a baixa viabilidade de jogar à noite em apartamento me fizeram desisitr de tê-lo em casa.
Quando soltaram o primeiro vídeo promocional do Kinect (então conhecido como Project Natal), a primeira coisa que eu pensei foi em como a Konami não perderia tempo em lançar algo parecido com o DDR para ele, mas a Harmonix saiu na frente com o Dance Central. O jogo se beneficia da experiência da empresa como desenvolvedora original do Guitar Hero e do Rock Band – que ajudou não apenas com a dinâmica do jogo, mas também com os contatos que levaram ao uso de músicas conhecidas em versão original (as poucas músicas que não são feitas pela própria Konami no DDR costumam ser remixes europeus de *covers *de qualidade questionável).
DDR à parte, o Dance Central é ótimo. O objetivo do jogo é simples: você dança em frente à câmera, reproduzindo os passos que compõem cada música, sendo que cada passo é representado por um símbolo e um nome mnemônico. Por exemplo: o Torch pede para erguer os braços como se estivesse carregando uma tocha; Burn a Ride é o gesto de pedir carona, Disco e Fever compõem uma dancinha básica estilo John Travolta, e por aí vai. Um passo executado corretamente rende um “nice” ou (se for muito bem feito) “flawless”, e no meio da música o momento freestyle deixa o jogador dançar à vontade (e filma para constrangê-lo logo em seguida).
Jogadores mais avançados (ou ousados) podem ignorar os símbolos e simplesmente imitar o dançarino na tela como se estivessem em frente a um espelho. Eu vou pelo caminho oposto: antes de jogar uma música, entro no modo Break it Down, que ensina a dançar cada um dos passos isoladamente. É possível até treinar em câmera lenta aqueles em que você estiver mais enroscado. Com isso não tem desculpa: qualquer um pode jogar, independente de sua relação prévia com a balada.
Mesmo passando a empolgação inicial, ainda estou me divertindo um bocado com o jogo (a ponto de ter mudado a posição de todos os móveis na minha sala para liberar o espaço que o Kinect pede – pelo menos 1,80m). O mesmo não pode ser dito do Kinect Adventures (que vem junto com o periférico) – ele lembra o Wii Sports no sentido de mostrar as capacidades do controle inovador, mas não tem o replay value deste.
Tenho também o Dance Masters – esse sim da Konami e planejado como sucessor do DDR – mas confesso que ainda nem abri a caixa. O Dance Central me ganhou fortemente. Fãs de jogos de dança têm nele uma justificativa mais do que suficiente para adquirir o Kinect, e mesmo quem não se empolgou com os tapetes pode vir a gostar desse jogo. É comprar e se jogar!
Comments
Renato Elias
Parece divertido, algum hack para pc já ?
Poderia filmar você, seria engraçado.
chester
Considerei a idéia, mas ainda estou muito rookie :-)
Tem várias pessoas desenvolvendo com o Kinect - incluindo pelo menos um projeto de drivers open-source (no qual os outros se baseiam): http://en.wikipedia.org/wik...
Robson Dantas
Pô Chester, cliquei correndo no link pra ver se aparecia você dançando. Hehe!
To acompanhando o blog. Vi as aventuras na Disney e o passeio em San Francisco. O mais engraçado é que estive no mesmo bar em maio com o André (na foto com vc) e Marcelo Liberato enquanto estava no I/O , hehe.
abs
Robson
Chester
Heh, você conhece o André? Mundo pequeno... :-)
Considerei a hipótese de botar um video meu, mas eu estou muito coxinha ainda. Mas já tem um bocado de vídeos da galera no YouTube/Vimeo!
Abraço!