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Exposição Game On no Museu da Imagem e do Som (MIS)

04 Dec 2011

A Game On é uma exposição de origem inglesa sobre a história dos jogos eletrônicos, que visitei no último sábado e gostei bastante. É muito completa e detalhada, apresentando desde os primeiros protótipos até jogos da atualidade, mas o diferencial é a interatividade: a idéia é que os participantes joguem de verdade, sempre que possível no hardware real, proporcionando uma imersão que remakes e emuladores não permitem alcançar.

Exposição Game On

Na abertura você já se depara com uma máquina de Spacewar e uma de Pong. Deu uma pequena frustração porque nenhuma estava funcionando (apesar de haver um emulador do último projetando na parede), mas só de tocar os controles e ficar em frente a elas já deu para reproduzir a sensação de época como nenhum texto ou documentário permitiria.

Dali pra frente, no entanto, é interatividade total: na primeira área (dedicada aos primeiros arcades) foi obrigatório jogar Asteroids (que controla diretamente o canhão do tubo de TV ao invés de seguir o padrão de scanlines, o que resulta em um visual ímpar), Puck-Man (o original japonês do Pac-Man, ainda que a maior diferença esteja na decoração do arcade, com o Pac-Man narigudão) e vários outros.

As outras áreas são bem diversificadas em termos de épocas, estilos e lugares. Os formatos também variam: tem consoles, computadores pessoais, portáteis, brinquedos eletrônicos, mini-games, enfim, todo o tipo de parafernália, rodando jogos dos mais diversos gêneros. É bem bacana poder brincar com tudo o que a idade, local de nascimento, escolha de plataforma ou grana não permitiram, o que deve tornar a exposição única para cada participante.

Não vou negar que eu e a Bani olhamos metodicamente cada um dos brinquedos, e paramos em todos que tinham algum significado (e vaga). Foi divertido jogar a dois toda a carreira “pré-Super” do Mário (Donkey Kong no arcade e Mario Bros. em um Famicom), além de tirar a curiosidade que eu tinha sobre o Speak & Spell, brincar com o Lemmings num Amiga, ver quão pequenininho é um ZX81 original, digitar alguns comandos no adventure do Guia do Mochileiro das Galáxias rodando em um IBM-PC, e até modernidades como o Child of Eden. E claro, joguei DDR em mais um lugar! :-)

Alguns poucos equipamentos estavam em manutenção, mas a maior parte estava em pleno funcionamento. Uma dica: se o jogo precisa de interação com o console (ex.: apertar o GAME SELECT ou GAME RESET num Atari), procure por fendas nas laterais dos paineis disponibilizando estes botões – a gente deixou de jogar um ou dois até perceber este detalhe.

Como fomos no sábado, estava um pouquinho cheio, mas nada que impedisse de jogar – por mais que os pais trintões e quarentões tentassem mostrar para os filhos o que eles curtiam na época, a molecada focava mesmo nos jogos “modernos”, liberando os clássicos que nos interessavam. Pelo preço da entrada (inteira a R$ 10) vale a pena conferir os dias e horários e voltar quando estiver mais vazio, já que a exposição vai até Janeiro. Sai mais barato que qualquer fliperama e, mimimi de velho à parte, pode ser bem mais divertido.

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