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Pastor Silas e a Igreja Internacional

18 Nov 2009

Achei que todo mundo conhecia a palavra do Pastor Silas, mas soltei numa lista esses dias e causou furor, então é bom divulgar. Este homem iluminado é o líder da Igreja Internacional, uma organização destinada a livrar o mundo das drogas (coisas como “video gueimes”, “naruto”, “aides” e “pomba-gira”), e que aceita dinheiro, cheque e cartão de crédito, sem preconceitos.

No site você acompanha os educativos ensinamentos e testemunhos de todos aqueles que encontraram a salvação na palavra. Seu conhecimento sobre temas como o budismo e a cultura oriental impressionam.

Se você gostar, ainda pode imprimir uma cópia em alta resolução do edificante cartaz abaixo (colorida ou preto-e-branco), colar no seu local de trabalho/estudo e ajudar na divulgação deste belo e revelador trabalho. Seus colegas irão agradecer pela alegria proporcionada.

graphic1iml

A linguagem mais importante para um programador

16 Nov 2009

Fiz o comentário no Twitter, mas o ponto é tão importante que vale a pena estender aqui: na semana passada dei uma entrevista no programa Olhar Digital, e surgiu a pergunta que aspirantes e programadores iniciantes sempre me fazem: “qual a primeira/próxima linguagem que eu devo aprender?”

Os veteranos costumam responder a essa pergunta vendendo suas linguagens prediletas em detrimento de outras, usando argumentos como tipagem, clareza, simplicidade, performance e tantos outros que nem sempre são tão objetivos quanto aparentam.

No entanto, a resposta que eu costumo dar (e que, por distração, não usei no programa) é “inglês”.

O idioma de Shakespeare é indispensável.Pode parecer que falo isso porque trabalho com muitas empresas/pessoas de fora, mas não é verdade: o campo está em constante atualização, e as novidades relevantes quase sempre começam neste idioma, independente do país de origem.

Não ler inglês é ter que esperar pelas traduções; não escrever inglês é não participar. Pouco importa se você quer colaborar ou apenas consultar, os assuntos mais “enroscados” vão exigir alguma familiaridade com este idioma.

Sim, existem muitos livros traduzidos. Eu mesmo uso bastante (o custo e disponibilidade são um fator importante), mas a qualidade da tradução varia a ponto de tornar algumas passagens ininteligíveis para quem não tem como deduzir a intenção do autor.

Não estou falando (só) daqueles falsos cognatos que fazem doer a vista – um problema comum é a tradução livre de termos técnicos e expressões para formas que ninguém usa, muitas vezes a ponto de tornar a frase incompreensível – se eu dissesse que trabalho com logiciário, pouca gente ia se animar a falar de tecnologia comigo.

Resumindo, galera: antes de entrar nos ponteiros e closures, vamos para o básico: I am, you are, he is

Convertendo vários arquivos de um encoding para outro

29 Oct 2009

Devem haver maneiras melhores de converter todos os arquivos numa pasta de um encoding para outro (no caso, MacRoman para UTF-8), mas essa funcionou, e achei por bem anotar/compartilhar:

find . -type f | xargs -I {} sh -c 'iconv -f MACROMAN -t UTF-8 {} > {}.converted_from_iconv'; find . -type f | grep -v converted_from_iconv | xargs -I {} mv {}.converted_from_iconv {}

Funcionou no Mac OS X, e deve rodar bem em Linux/Cygwin também.

Video Games Live 2009 SP

08 Oct 2009

Video Games Live 2009 SPFui no Video Games Live com um certo pé atrás. Afinal de contas, um evento onde você bota uma orquestra sinfônica para tocar música de videogame é um pouco surreal – e juntar três mil nerds pra alucinar em cima disso me parecia a própria receita da vergonha alheia.

Mas acabei me surpreendendo: a energia do Tommy Tallarico (que apresenta as músicas, anima a galera e introduz um contraponto à orquestra com a guitarra empolgada) faz a coisa acontecer. Claro, depende muito da sua conexão emocional com os jogos cujas músicas estão sendo interpretadas: coisas que eu não joguei pareciam bem “yeah, whatever” – mas era só pintar algo mais familiar que eu me empolgava um pouco.

Uma das características do show é que eles estimulam fotos e filmes – e o HSBC Brasil mandou muito bem ao disponbilizar uma rede Wi-Fi. Isso me permitiu usar o Qik para filmar algumas músicas do evento, mais as tradicionais fotos e comentários no Twitter. (pena que eu só descobri que o Qik não usa o giroscópio do iPhone na metade – mas whatever, o que mais importava era a música mesmo.)

O evento deve duas interações com o público: uma quando chamaram um cara pra jogar Space Invaders de um jeito inovador (com um sistema que fazia tracking da imagem na camiseta dele, então ele tinha que correr pelo palco para mover a nave) e um cara que ganhou um campeonato de Guitar Hero e DETONOU no palco.

Enfim, a vergonha alheia passa logo nos primeiros minutos. Dali pra frente é uma maneira inovadora de ver música clássica. Ou de ver música de videogame.

MemeThis

05 Oct 2009

O último ano viu o surgimento de uma quantidade enorme de sites inspirados no Twitter. Alguns tentam traduzir e/ou adaptar para culturas locais, outros tentam expandir o conceito (incluindo fotos, voz, etc.) – isso sem falar em sites já estabelecidos que abraçaram a idéia. Uns foram comprados por gente grande – e vários fecharam, mesmo com alguém bancando.

Era de se esperar que o Yahoo! entrasse nessa arena de alguma forma, mas o Yahoo! Meme superou as minhas expectativas, trabalhando muito bem três aspectos desse tipo de site: o encaminhamento de posts alheios (o “retweet” ou RT do Twitter); a multimídia (turbinada por uma interface que facilita o compartilhamento de fotos, vídeos e músicas sem as ginásticas que o passarinho exige) e a extensibilidade, que permite que terceiros conectem seus sites e aplicativos na plataforma.

A idéia é ótima (ainda mais como alternativa ao famigerado email com PowerPoint anexado e copiado para meio mundo), mas eu e a Bani nos incomodávamos com um lance: a burocracia. Você tinha que copiar o endereço do conteúdo, abrir o Meme, se autenticar, selecionar a mídia, colar o conteúdo e escrever algo sobre ele (do zero). Na nossa cabeça, a coisa só ia rolar se tivesse um botão no navegador que “olhasse” para o conteúdo e cuidasse desse processo todo.

Esse incômodo se juntou com a coceira de brincar com o ecossistema de tecnologias de compartilhamento de dados que o Yahoo! disponbiliza (tais como YQL e oAuth) e fez a gente criar o MemeThis: um site que em poucos segundos gera o tão sonhado botão (bookmarklet, tecnicamente falando) personalizado para a sua conta no Meme.

O código-fonte é escrito em Java, e é livre. A parte dos bastidores (que faz toda a mágica acontecer) roda no Google App Engine – como bem observou um amigo nosso, usamos uma linguagem da Sun para ampliar um serviço do Yahoo! usando um outro serviço do Google. Web 2.0 é isso! :-P

Apesar de ainda ser uma versão beta, já tem bastante gente usando. E agora não é preciso mais mendigar convites: o Yahoo! Meme está aberto para todos, é só ir !

Boteco São Bento (o pior bar do sistema solar)

29 Sep 2009

Eu não me ligo muito em campanhas inter-blogs, mas vou abrir uma exceção.

A história: um blog fez uma resenha não muito positiva sobre um bar, e os donos reagiram da pior forma possível: ameaçando processar os caras se eles não tirarem o post do ar.

Felizmente nunca fui ao local, mas amigos bons de copo confirmam que o atendimento lá deixa muito a desejar. E mesmo que não fosse o caso, a atitude correta seria responder (ou até, sei lá, viagem minha, melhorar o serviço), e não soltar os advogados.

Oportunamente surgiu a excelente idéia de reproduzir o post em tudo quanto é blog, tornando impossível essa tentativa estúpida e truculenta de censura. Segue, portanto, a íntegra da resenha (mas não deixe de acompanhar os comentários no post original):

saobento

Depois da Faixa de Gaza e do Acre, este é o pior lugar do mundo para você ir com os amigos. Caro, petiscos sem graça e, principalmente, garçons ultra-power-mega chatos: você toma dois dedos do seu chopp, quente e azedo que nem xoxota nos tempos dos vikings, eles já colocam outro na mesa. E se você recusa, eles ainda ficam putos. Só tulipadas diárias no rabo para justificar tamanha simpatia no atendimento.

Fui no da Vila Madalena. Dizem que o do Itaim é ainda pior.

Para dicas de botecos que valem a pena, leia outras resenhas aqui

Siga o Resenha pelo Twitter antes que eu bote outro link na mesa. Resenhado por Raphael Quatrocci às 23:22

simpleyql – usando as APIs do Yahoo! em Java

26 Sep 2009

O simpleyql é uma biblioteca que facilita bastante o desenvolvimento de aplicações em Java que manipulem dados de usuários do Yahoo! Meme (ou de quaisquer sites do Yahoo! que estejam expostos via YQL e oAuth).

Na teoria, é possível usar uma biblioteca de oAuth pré-existente para isso (o próprio simpleyql se baseia em classes disponíveis no oauth.net), mas quando eu e a Bani começamos o MemeThis (falo dele em outro post) vimos que as particularidades do Y! tornariam o código demasiadamente complexo.

Além disso, essas classes exigem um grau de entendimento de oAuth maior do que o puramente conceitual. E o fato de o Yahoo! disponibilizar bibliotecas para outras linguagens – mas não para Java – foi a gota d’água que motivou a criação da biblioteca.

Com ela, basta uma quantidade mínima de código para iniciar o processo de autorização do usuário – um passo necessário quando ele acessa sua aplicação pela primeira vez. Dali em diante basta manter a chave de acesso atualizada no banco de dados ou equivalente, e você poderá usá-la em uma chamada simples sempre que quiser interagir com o Y! em nome da pessoa.

Parece simples? Ótimo, essa era a idéia: encapsular os detalhes do vai-e-vem de tokens e permitir ao desenvolvedor focar apenas na aplicação. A biblioteca é compatível com o Google App Engine (o MemeThis roda nele), então não tem mais desculpa: se a sua praia é Java, a hora de desenvolver pro Yahoo! Meme é agora.

Jailbreak do iPhone OS 3.1

23 Sep 2009

logo do PwnageToolQuem tem iPhone da primeira geração (não 3G ou 3GS) pode usar o PwnageTool novo e a receita de bolo que eu publiquei outro dia para atualizar para o OS 3.1. Testei no meu, que já tinha o 3.0, e rolou sem problemas.

Nem foi preciso fazer o unlock novamente – ou seja, se o seu já inicializa com o logo do abacaxi, pode responder “yes” na última pergunta (quando ele fala sobre o “pineapple logo”.)

O Cydia parece mais esperto que o Icy, que baixou um sshd velho com dependências todas erradas. Na dúvida, fique no Cydia quando for instalar aplicativos livres. De resto, mande bala.

(dica do @roudi)

Avenida Q – A Internet é pornô!

18 Sep 2009

Trekkie Monster, do Avenida QMuita gente deve lembrar de um vídeo que circulou há uns dois ou três anos, em que personagens 3D cantavam a genial música The Internet is for Porn.

A animação era feita através de machinima, isto é, da encenação de cada trecho através de um videojogo 3D pré-existente (no caso, World of Warcraft) e posterior edição. E a música era de uma cena do musical Avenue Q da Broadway – no qual atores contracenam com leituras adultas dos personagens da versão original de Vila Sésamo. Na real, esse foi um só das vários mashups que fizeram com a música – mas sem dúvida o que mais circulou por estas bandas.

Isso tudo era só pra falar que eu fui assistir Avenida Q, uma montagem muito competente inspirada na original. A história é, como tuitou a Bani, deprê e engraçada ao mesmo tempo. É difícil descrever quão bem funciona o lance dos titereiros (levante a mão quem lembrou de “Quero Ser John Malkovich” quando leu esta palava), mas eles são excelentes.

Não vi a original, mas se a adaptação da música mencionada (que eu julgava impossível de ser feita) for um sinal de fidelidade, os caras mandaram muito bem. Enfim, é um ótimo espetáculo, independente da sua relação com o meme. Veja o meu caso: além de não ter visto nenhum dos musicais mencionados no tweet acima, eu mal conhecia o Gary Coleman (um dos personagens é uma versão adulta e decadente dele), e curti mesmo assim.

Mas uma coisa eu já entrei lá sabendo: que a internet é pornô. :-P