Um complemento bacana a participar da PythonBrasil foi estar na RubyConf Brasil 2010. O evento sucede os Rails Summit, e na mesma tradição desses tem a LocaWeb como organizador, mas com empresas como a Gonow (onde o Akita, pioneiro do Rails no Brasil, trabalha atualmente) e a Caelum (que vem expandindo sua posição já consolidada no mundo Java para os novos fronts do desenvolvimento) aparecendo em destaque.
Apesar da internet ter deixado a desejar (em particular no primeiro dia), o evento contou com estrutura ótima: comeu-se bem (não teve almoço, mas estávamos sobre um shopping center), o espaço foi suficiente (não tão grande quanto o dos anteriores, segundo os veteranos, mas coube todo mundo) e o local era de facílimo acesso.
As palestras focaram muito em aplicação das tecnologias que se consolidaram no mundo do Ruby nos últimos tempos. Eu, que andava um pouco afastado da tecnologia, curti muito a abordagem. Houve um espaço para “desconferências”, que funcionaram bem, mas eram um pouco formais demais, talvez desestimulando quem tivesse um recado mais curto para passar.
Como sempre, o lado social é importante. Houve um happy hour no Bar Opção (no qual fiquei pouco tempo, o cansaço dos eventos anteriores já se acumulava) e a impressão que ficou ao conversar com as pessoas é que as empresas estão ficando mais receptivas ao uso de linguagens dinâmicas – possivelmente um movimento em sintonia com a crescente adoção de práticas ágeis na gestão do desenvolvimento de software.
Toda essa vibração em torno de Ruby on Rails me faz ver que é questão de tempo até que apareçam as primeiras aplicações Ruby on Rails usando a Apontador API. Ela ainda não dispõe de biblioteca oficial para esse ambiente, mas com módulos como RestClient e oauth-plugin, creio que os rubistas não terão grandes dificuldades (e se estiverem, estamos lá para ajudar).