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Catálogo acme

01 Mar 2002

Os personagens dos desenhos animados da Warner (e mesmo de outras produtoras) sempre puderam contar com os produtos ACME. E algum doido reuniu todos eles num catálogo que, lamentavelmente, não possui um botão “comprar”. Como vou viver sem a “tinta invisível” ou o “dedão para caronistas”?

A propósito: até hoje não consegui descobrir o que significa ACME – ao menos não como sigla. O verbete acme no Merriam-Webster´s dá “o ponto ou estágio mais alto” ou “aquele/aquilo que representa a perfeição do objeto em questão”. Será que tem a ver?

Lenha na fogueira: Linux e Solaris são menos seguros que Windows

20 Feb 2002

O site Baboo publicou este artigo que traz um pouco de novidade ao debate sobre sistemas operacionais (lamentavelmente composto na maior parte do tempo por egotrips e opiniões pouco calcadas na realidade das pessoas e empresas).

Usando de forma bastante transparente dados de sites especializados em segurança, como o Security Focus e o Vunet (o primeiro é bem conhecido, o segundo eu não consegui acessar), o artigo mostra uma “classificação de insegurança” dos diferentes sistemas operacionais em suas várias versões e distribuições, baseado no número de falhas de segurança encontrados num dado período de tempo em cada um deles. O ranking pretende mostrar que várias distribuições populares de Linux e duas versões do Solaris são menos seguras do que o Windows 2000.

Claro que a questão não se resume aí – o site, por mais lógica que seja sua argumentação, é especializado em Windows e certamente tem suas tendências (basta ver os títulos para os próximos artigos previstos: “Linux: Mitos x Realidade” e “Windows inseguro? Um guia passo-a-passo para você não se preocupar!”). Mas é interessante alguém mostrar que nem todos os mitos da informática são fabricados no campus da Microsoft…

O pai do ecstasy

19 Feb 2002

Já nos anos 80 Angeli abria os olhos da petizada (na impagável sessão de cartas da Chiclete com Banana) para o fato de que a apologia às “drogas”, independente de ser correta ou não, já era algo extremamente esgotado e sem sentido, e que o assunto fora tratado à exaustão nos anos 60 e 70.

Hoje em dia o debate evoluiu. Pode-se ver isto quando o tema maconha é tratado na mídia (chegando ao ponto de se falar em uso medicinal e questionar sua posição em relação ao álcool na “escala” dos entorpecentes), mas dificilmente encontra-se alguém que queira abrir o debate sobre as drogas mais pesadas (exceto, claro, os direitões truculentos de plantão, quando pedem urugência para repressão policial ao “tóchico”).

Neste contexto, a entrevista com o bioquímico Alexander Shulgin, do sempre excelente site no., produz um constraste muito bacana. O curioso é pensar que o homem trabalha pros “dois lados”: analisa drogas para o governo americano em processos que envolvem o tráfico, mas a licença especial que este tipo de pesquisa exige lhe dá liberdade para pesquisar e uma certa imunidade informal na “guerra” contra o tráfico. O assunto é pano pra manga, mas um cara que ganha a confiança do governo americano e de Timothy Leary ao mesmo tempo é, no mínimo, digno de atenção…

Xbox rumo ao Japão… rola?

18 Feb 2002

Há algum tempo eu falei aqui sobre o impacto de uma indústria americana (Microsoft) entrar no mercado de videogames, dominado pelos japoneses na última década. Agora o New York Times tece algumas considerações com base em uma nova situação: após um lançamento promissor do XBox nos EUA, Bill Gates vai tentar vender o console no Japão.

Eu tenho minhas dúvidas quanto à possibilidade de sucesso. Para o jogador japonês deixar de lado a xenofobia e comprar o XBox americano, este teria que ser algo muuuito melhor que o PSX2 ou o Gamecube. Até onde pude avaliar, não é.

O homem de confiança do homem do baú

17 Feb 2002

Imperdível esta entrevista com José Roberto Maluf, braço-direito de Sílvo Santos. Ajuda a entender a transição do SBT de empresa familiar a segunda maior preocupação da família Marinho (a primeira são os próprios, que golpeiam a si mesmos com uma voracidade que a concorrência tem dificuldade para igualar)…

Os disneys por trás de Disney

15 Feb 2002

Ao visitar o site do Spacca (um dos meus desenhistas/escritores favoritos entre os “contemporâneos” nacionais), deparei-me com este texto, que abre com alguns comentários interessantes sobre Walt Disney, fazendo uma rápida desconstrução do “mito do usurpador” (a pecha de egocêntrico atribuída a Disney, baseada no fato de que as histórias só levavam a assinatura dele).

Mas o interessante foi mesmo ele desvendar detalhes interessantes sobre a divisão italiana do estúdio. Além disso tem alguns links bons pra queimar umas horas pesquisando o assunto – prato cheio para os fanáticos de plantão (presente!) que já sabem reconhecer um Carl Barks no meio das histórias “anônimas”.<table class=mensagem width=”100”% border=0 cellpadding=0 cellspacing=4 width-93>

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Sacra repartição pública do vaticano

13 Feb 2002

Depois de décadas de acusações acerca de uma certa despreocupação do Papa Pio XII com as vítimas do nazismo, o Vaticano finalmente anuncia que vai liberar em 2003 documentos que ajudariam a rebater tais acusações.

Mas vamos com calma: os tais documentos se referem ao pontífice anterior. Documentos da pontificado de Pio XII só vão ser disponibilizados depois de mais três anos. Eles alegam “proteger vítimas que ainda estão vivas” – desculpinha, hein? Será que alguém avisou eles que a guerra já acabou?

E depois a justiça brasileira é que é lenta – não é a toa que o Seu Edir está tomando o rebanho aos milhares…

Cadê a sacanagem???

13 Feb 2002

Passou o carnaval, e, como de costume, nem tomei conhecimento. Mas o feriado foi ótimo para ficar atualizando as leituras, curtir a cidade deserta, e, eventualmente, ver televisão de madrugada.

Mas fiquei estarrecido com o seguinte: em *nenhum* dos dias de carnaval rolou aquela sacanagem da boa na TV aberta. No meu tempo de garoto, sempre contávamos com as emissoras de segunda linha (Bandeirantes, Gazeta, Manchete – todas com nomes diferentes hoje em dia) para mostrar uma boa dose de putaria dos bastidores, umas bizarrices ao vivo do Gala Gay ou de salões de periferia, sei lá. Dessa vez não tinha nada disso. Estranho, não?

Será que os reality shows diurnos acabaram com a graça do ninguém-é-de-ninguém anual das noites de carnaval? Ou naquela época era difícil ver mulher pelada no desfile oficial? Há quem diga que isso tudo é culpa do carnaval global narrado pelo Galvão Bueno, que brocha tanto o telespectador durante o dia que só sobra disposição para um bangue-bangue light à noite…