Fiz o comentário no Twitter, mas o ponto é tão importante que vale a pena estender aqui: na semana passada dei uma entrevista no programa Olhar Digital, e surgiu a pergunta que aspirantes e programadores iniciantes sempre me fazem: “qual a primeira/próxima linguagem que eu devo aprender?”
Os veteranos costumam responder a essa pergunta vendendo suas linguagens prediletas em detrimento de outras, usando argumentos como tipagem, clareza, simplicidade, performance e tantos outros que nem sempre são tão objetivos quanto aparentam.
No entanto, a resposta que eu costumo dar (e que, por distração, não usei no programa) é “inglês”.
Pode parecer que falo isso porque trabalho com muitas empresas/pessoas de fora, mas não é verdade: o campo está em constante atualização, e as novidades relevantes quase sempre começam neste idioma, independente do país de origem.
Não ler inglês é ter que esperar pelas traduções; não escrever inglês é não participar. Pouco importa se você quer colaborar ou apenas consultar, os assuntos mais “enroscados” vão exigir alguma familiaridade com este idioma.
Sim, existem muitos livros traduzidos. Eu mesmo uso bastante (o custo e disponibilidade são um fator importante), mas a qualidade da tradução varia a ponto de tornar algumas passagens ininteligíveis para quem não tem como deduzir a intenção do autor.
Não estou falando (só) daqueles falsos cognatos que fazem doer a vista – um problema comum é a tradução livre de termos técnicos e expressões para formas que ninguém usa, muitas vezes a ponto de tornar a frase incompreensível – se eu dissesse que trabalho com logiciário, pouca gente ia se animar a falar de tecnologia comigo.
Resumindo, galera: antes de entrar nos ponteiros e closures, vamos para o básico: I am, you are, he is…